Verdadeiro ídolo popular, Núbia Lafayette volta a bater ponto aqui
, desta vez com seu álbum de 1977, selo Entré/CBS,
gravado no outono daquele ano. Nossa Núbia chamava-se, na pia batismal,
Idenilde Araújo Alves da Costa. Veio ao mundo na cidade de Assu (ou Açú,
na grafia atual), Rio Grande do Norte, no dia 21 de janeiro de 1937.
Ali morou até os três anos de idade, quando aconteceu a mudança da
família para o Rio de Janeiro. Mais um talento precoce entre muitos que
despontaram para a cena artística, a pequena Idenilde apresentou-se em
programas infantis do rádio, entre eles o famoso “Clube do Guri”, da
PRG-3, Rádio Tupi, desde os 8 anos de idade, evidentemente demonstrando
talento para a música. Quando exercia o humilde ofício de
vendedoras nas famosas Casas Pernambucanas (“onde todos compram”),
resolveu participar do programa de calouros “A voz de ouro”, da TV Tupi,
Canal 6. Um dos jurados era o proprietário da Boate Cave, Jordão
Magalhães, e, a convite deste, foi “crooner” daquela casa noturna, e
estreou interpretando músicas do repertório de Dalva de Oliveira, de
quem era fã e muito a influenciou. Em 1959, exatamente no dia 25 de
maio, com o pseudônimo de Nilde Araújo, gravou seu primeiro disco, na
Polydor, com o devido apoio de seu então diretor artístico, o cantor
Joel de Almeida. O 78 rpm apresentava os sambas-canções “Vai de vez”
(Ricardo Galeno e Paulo Tito) e “Sou eu” (Waldir & Rubens Machado,
regravado mais tarde por Orlando Dias). Cantou também na Boate Michel de
São Paulo. Em 1960, no Cave, ela conheceu o compositor Adelino Moreira,
que mudou seu nome artístico para Núbia Lafayette,com o qual ficaria
para a posteridade. Com o apoio de Nélson Gonçalves, principal
intérprete de Adelino, o compositor a levou para a RCA. Em agosto de 60,
com o selo econômico RCA Camden, era lançado o primeiro 78 da cantora
como Núbia Lafayette, apresentando duas músicas de Adelino Moreira que
logo obtiveram êxito,marcando sua definitiva projeção: “Devolvi” e
“Nosso amargor”, logo se firmando também como expressiva intérprete das
obras do autor de “A volta do boêmio”. Em 1961, vem o primeiro LP,
“Solidão”, com a faixa-título também assinada por Adelino. A partir
daí, conseguiu sucessos sobre sucessos (“Seria tão diferente”, “Minha
história”, “Figuras de jornal”, “Samba do adeus”, “Casa e comida” –
talvez o maior deles, de autoria de Rossini Pinto, grande nome da Jovem
Guarda -, “Jamais estive tão segura de mim mesma” – este, composto
por Raulzito, aliás, Raul Seixas -, “Coração condenado” etc.).
Vários cantores foram influenciados por Núbia Lafayette, e a lista
inclui Alcione, Fafá de Belém, Elymar Santos, Tânia Alves e a
alagoana Rose d’Paula. A discografia de Núbia inclui dezessete
discos 78 com trinta e quatro músicas, mais de 20 álbuns, entre LPs e
CDs, e alguns compactos. Seu último trabalho em disco foi o
CD “Núbia Lafayette canta Dalva de Oliveira”, lançado em 1998 pela
Polydisc, dentro de sua longa série “Vinte super-sucessos”, e no qual
homenageia aquela que mais a influenciou em sua trajetória musical. Na
década de 1990, Núbia passou a morar em Maricá, litoral norte
fluminense, de lá saindo apenas para atuar esporadicamente em shows
especiais, e como convidada de programas de rádio e televisão. Faleceu
em Niterói, RJ, no dia 18 de junho de 2007, aos 70 anos, de complicações
causadas por um AVC que sofrera pouco antes. Aqui n, mais um
encontro de nossos amigos cultos,e associados com Núbia
Lafayette, em impecável trabalho com produção do cantor Luís Carlos
Ismail e arranjos dos “experts” Waltel Blanco e Lincoln Olivetti, sob a
direção artística de outro “cobra” do setor fonográfico, Jairo
Pires. Aqui, ela regrava seu primeiro grande hit, “Devolvi”, e hits que
outros intérpretes consagraram: “Espinita”, “Pra não morrer de
tristeza”, “Conformada”, “Uno” e “Migalhas”. Trabalhos até então
inéditos em disco, caso de “À maneira antiga” , “Eu morrendo por você” e
“Coisa à toa”, completam o cardápio deste álbum, um prato cheio para os
fãs da dor-de-cotovelo e, por tabela, de Núbia Lafayette. Ouçamo
s…
.
Aproveito
que estamos na semana da mulher, para atender a um pedido da amiga
Gleice que desde de janeiro espera o que eu lhe prometi. Eis aí o tão
esperado disco da cantora Nubia Lafayette. Chegou sua vez… 🙂
Considerada
a versão feminina de Nelson Gonçalves, Nubia foi uma cantora romântica
que surgiu no final dos anos 50. Seu verdadeiro nome era Idenilde de
Araújo Alves. Começou a carreira como Nilde Araújo, primeiro nome
artístico e com o qual gravou um disco. Através de Adelino Moreira ela
mudaria para Nubia Lafayette. Adelino também foi o reponsável pela ida
dela para a RCA Victor, em 1960 onde gravou seu primeiro disco. Ele viu
nela uma de suas melhores intérpretes. Não era a toa que a chamavam de
Nelson Gonçalves de saias. Nelson, inclusive, teve uma participação
muito importante na formação da cantora.
“A Voz Quente de Nubia
Lafayette” foi um álbum lançado pela RCA em 1971. Eu acredito que este
disco seja na verdade uma coletânea dos primeiros anos, com músicas
exclusivamente de Adelino Moreira. Taí, pediu, (se eu tiver) levou… 😉
Solidão
Prece a lua
Nosso amargor
Vida
Segredo
Gente assim como a gente
Página portuguesa
Devolvi
Não jures mais
Preciso chorar
Ontem a noite
Vila sombria
Devoção
Seria tão diferente
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