A cantora e compositora mineira DENISE REIS está lançando
seu segundo disco, "Alfândega", demonstrando maturidade e
personalidade.
Classificada como "garganta mágica" pelo mestre Tito Madi e
decretada como "fadada ao sucesso" por Jô Soares, Denise volta
às lojas, oito anos depois do CD "Chá de Hortelã
com Caviar"(1998), com um trabalho sofisticado e de sonoridade
contemporânea.
Produzido pela própria Denise, ao lado do percussionista Marcos
Suzano e do violonista Marcelo Nami, "Alfândega" começa a
chamar a atenção pelo trabalho gráfico, a cargo do
craque Guili Seara, com direção de arte de Mateus
Valadares e arte final de Túlio Linhares, a partir de fotos de
Miguel Aun.
Na seqüência, a toada funkeada "Berrante" traz um flerte com
as raízes mineiras, com o acordeon de Chico Chagas dialogando
com os violões de Denise e Nami e a percussão de Suzano,
criando um clima envolvente para a voz da cantora ficar à
vontade para seduzir com tranqüilidade.
A terceira faixa é uma das melhores releituras já feitas
para "Negro Gato", de Getúlio Cortes, onde Denise se esbalda em
um de seus diferenciais, o trompete feito com a boca, inspirado em
Miles Davis e Freddie Hubbard.
"Perseguição" traz o clima de embate entre a
polícia e os camelôs, com direito a sons autênticos
registrados pela compositora na introdução.
Depois de "Perseguição", pausa para o lirismo de "Par Ou
Ímpar", delicado tema romântico valorizado pelo violoncelo
do craque Lui Coimbra.
Dedicado a Paulinho da Viola, o samba "Coração a Capela"
nasce clássico, envolvente, numa cadência bonita que
lembra o mestre autor de "Foi Um Rio Que Passou em Minha Vida".
A bossa de Jobim é a referência para "Um Certo Azul" com
um verso que já fica na memória na primeira
audição: "tenho medo de um amor desse tamanho".
Um samba funk inspirado vem na seqüência. "Luciana" é
séria candidata a hit, com levada irresistível e a voz de
Denise demonstrando agilidade e malícia.
A parceria com Renata Thurler, responsável por oito faixas do
disco, começou com "Palhaço", com cores românticas
e tratamento urbano e inspirado, com boa trama de acordeon,
percussão e violões.
"Miss Celie´s Blues", tema composto por Quincy Jones para o filme
"A Cor Púrpura" de Steven Spielberg, é um dos pontos
altos do show de Denise. Aqui ela registra a música em grande
estilo, com destaque para o solo de trompete vocal.
Com letra de Ronaldo Serruya, a faixa título encerra o disco.
Inicialmente batizada de "Pequena Tentativa de Redimir as Mulheres",
é uma pérola de humor e atitude ("morre, mas morre de
inveja"), alinhada com o conceito do disco, baseado, segundo a
própria cantora, em "nossas bagagens musicais, nossas
referências mixadas e traduzidas por nós".
Com 18 anos de carreira, Denise Reis chega, com "Alfândega",
à maturidade, com um disco de cores firmes e plurais, adequado
à sua voz de temperatura tropical e técnica
mágica.
*por Kiko Ferreira
Faixas
01 - Irene – Denise Reis e Renata Thurler
02 - Berrante – Denise Reis e Renata Thurler
03 - Negro Gato – Getúlio Cortes
04 - Perseguição – Denise Reis e Renata Thurler
05 - Par ou Impar – Denise Reis e Renata Thurler
06 - Coração a Capela – Denise Reis e Renata THurler
07 - Um Certo Azul – Denise Reis e Renata Thurler
08 - Luciana – Denise Reis e Renata Thurler
09 - Palhaço – Denise Reis e Renata Thurler
10 - Miss Celie’s Blues – Quincy Jones/ Rod Temperton/ Lionel Richie
11 - Alfandega – Denise Reis e Renata Thurler
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“DENISE REIS é jovem e canta com uma voz de verdadeira
cantora veterana. Interpreta lindamente, dá colorido a sua
maneira de cantar, embeleza qualquer canção. Suas cordas
vocais não desafinam nunca e sua garganta é privilegiada.
Diria até; sua garganta é mágica.”
(TITO MADI)
As palavras de Tito Madi traduzem, com toda propriedade, o perfil da
mineira Denise Reis, mineira de Belo Horizonte, que começou seus
estudos de violão aos 10 anos. Ingressou no coral Julia Pardini
ainda com 14 anos e foi imediatamente convidada a participar de uma
tournée pela Europa em 1986. Foi conquistando aos poucos seu
espaço na noite mineira, tendo sempre boa receptividade por
parte do público e da crítica. E grande parte dessa
receptividade se fez devido à imitação de um
trompete que ela faz usando somente a voz e os lábios. A partir
daí, seu timbre foi se aperfeiçoando cada vez mais
escutando grandes trompetistas como Freddie Hubbard, Miles Davis,
dentre outros. Participou do projeto “Verão Angra”
em Angra dos Reis ao lado de nomes como: Milton Nascimento, Wagner
Tiso, Paralamas do Sucesso e outros.
Com dezesseis anos de carreira, nove deles vivendo no Rio de Janeiro,
essa grande intérprete, que já deixou sua marca em Belo
Horizonte vem fazendo o mesmo na capital carioca.
Com todo o talento e criatividade que vêm marcando a sua
trajetória, a convivência com o hibridismo carioca
não passou desapercebida e estimulou a cantora e instrumentista
a também compor.Gravou seu primeiro CD em 1998, intitulado
“Chá de Hortelã com Caviar”, numa mistura que
toca na mesma vitrola Rita Lee e Villa Lobos, além de nomes como
Ivan Lins, Gonzaguinha, Guinga, dentre outros, com
produção musical de Leandro Braga e
participações especiais de Zé Nogueira, Guinga e
Luciana Rabello.
E não tardou para que o talento como compositora fosse
reconhecido. Denise Reis foi destaque no Festival da Música
Brasileira, promovido pela Rede Globo de Televisão no ano 2000.
Segundo alguns críticos de música e vários jornais
nacionais, "foi a única boa revelação do Festival
- é perfeita !", diziam. Tanto que, embora não tenha
levado "Pára-quedas" (Denise Reis/Guerá Fernandes) para a
final, levou sua voz e sua presença de palco, concorrendo ao
Prêmio de Melhor Intérprete.
Em dezembro de 2002, a cantora foi uma das entrevistadas e
atração musical da noite no Programa do Jô, exibido
pela Rede Globo, com significativa repercussão: foram mais de
7.000 e-mails entre congratulações, pedidos de discos e
convites para shows e mais de 10.000 visitas ao site. Nas palavras do
próprio Jô Soares, Denise, além de uma das pessoas
mais musicais por ele já ouvidas, está "fadada ao
sucesso".
Após a entrevista no Jô, já se apresentou em
programas como “É Show”, de Adriane Galisteu, Amaury
Jr. e ainda no Esporte Espetacular da Rede Globo, quando foi uma das
atrações no Grande Prêmio de Motovelocidade do Rio
de Janeiro.
Em 2003, a cantora realizou apresentações em
Lisboa/Portugal e ainda em cidades como Porto Alegre, Macapá,
São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro, sempre com
significativa repercussão
Faixas
01 - Abre alas ( Ivan Lins/ Vítor Martins)
02 - Chá de Hortelã com Caviar (Denise Reis)
03 - Bem me quer (Rita Lee / Roberto de Carvalho)
04 - Minha Neblina (Denise Reis / Guerá Fernandes)
05 - Palavra de Mulher (Chico Buarque)
06 - Rio X (Edu Kneio / Mou Aguiar)
07 - Trenzinho do Caipira (H. Villa Lobos / Ferreira Gullar)
08 - Conversar Comigo (Guinga / Eduardo Gudin)
09 - É (Gonzaguinha)
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